Recomendações de Nutrição

Estratégias nutricionais para mulheres desportistas

Melhorar o rendimento e melhorar a composição corporal

No caso das mulheres, e porque faz todo o sentido, vamos focar-nos em estratégias a nível hormonal e metabólico.
O consumo de gordura ou de hidratos de carbono realizado pelas células vai depender grandemente da intensidade de exercício
e também do tipo de exercício. Assim, à medida que aumenta a intensidade do exercício, aumenta a glicose como fonte de energia. É sabido que as mulheres, utilizam mais gordura como fonte de energia quando estão em repouso, mas maior quantidade de glicose quando fazem um pré-treino.

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Consumo de proteína

Este tema pode ser um ponto critico para as mulheres, já que a recomendação atual para desportistas é muito diferente da realidade, onde apenas cerca de 25% das mulheres consome a quantidade de proteína adequada. Uma baixa ingestão de proteínas dará lugar a uma pior recuperação muscular, uma menor síntese proteica que se vai traduzir como uma maior perda muscular e, por último, numa maior sensação de fome.

Para entendermos a nutrição desportiva de uma desportista, devemos pensar na pressão a  que está submetida (estão todas as mulheres) pela sua aparência física, onde a publicidade e os tamanhos de vestuário cada vez menores, fazem com que aumente o número de casos de anorexia. Como consequência da pobre ingestão calórica, observam-se frequentemente carências de vitamina D, E, cálcio, magnésio, fósforo, etc. Estes déficits calóricos fazem com que o metabolismo seja mais lento, ative mecanismos obesogénicos que fazem com que seja mais fácil ganhar gordura corporal.

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Ingestão de calorias

Para entendermos a nutrição desportiva de uma desportista, devemos pensar na pressão a  que está submetida (estão todas as mulheres) pela sua aparência física, onde a publicidade e os tamanhos de vestuário cada vez menores, fazem com que aumente o número de casos de anorexia. Como consequência da pobre ingestão calórica, observam-se frequentemente carências de vitamina D, E, cálcio, magnésio, fósforo, etc. Estes déficits calóricos fazem com que o metabolismo seja mais lento, ative mecanismos obesogénicos que fazem com que seja mais fácil ganhar gordura corporalConsequências de erros comuns em dietas de mulheres

Alguns preparadores físicos (obviamente há muitos tipos de profissionais neste setor, não são todos do mesmo saco) recomendam dietas que oscilam entre as 800 e as 1200 Kcal com um aporte muito baixo de hidratos de carbono.
Por outro lado, recomendam entre 1 a 2h de cardio por dia, o que gera um maior gasto calórico a curto prazo, mas bastante menor a longo prazo (que poderia denominar-se como eficiência matabólica). Isso gera um grande stress metabólico, que, como é óbvio, vai afetar diretamente as hormonas.
O principal sintoma dum extremo déficit calórico é a Amenorreia em que aproximadamente 50% das mulheres que realizam exercício e têm déficit calórico, apresentam alterações no seu ciclo menstrual. Existem diferentes fatores que afetam a este estado como uma ingestão muito baixa de gorduras, uma ingestão baixa de calorias, stress psicológico (gera níveis mais altos de cortisol) ou stress metabólico devido a sobre-treino.
A mulher desportista deverá basear a sua fonte de hidratos de carbono em hidratos de carbono não refinados, em vez de reduzir a quantidade de hidratos de carbono a consumir, dever dar prioridade a alimentos ricos em fibra.

Quantos hidratos de carbono deve consumir a desportista?

Uma das perguntas mais comuns são as relacionadas com a quantidade de calorias a consumir. Acima falamos do facto das mulheres usarem a  glicose como fonte de energia e sintetizarem menos glicogénio pós-treino, quando comparadas com os homens.
Efetivamente, estudos realizados demonstraram que após 4 dias duma dieta alta em hidratos de carbono, a quantidade de glicogénio muscular quase não variou.
Recomendamos a ingestão de 3gr por cada kg corporal como uma quantidade correta para uma mulher desportista. Por exemplo, uma desportista que pese 65kg deverá consumir aproximadamente 195g de hidratos de carbono. Tendo em atenção que a mulher usa mais gordura como fonte de energia que o homem, o papel deste macro-nutriente torna-se ainda mais importante.
Uma curiosidade: à medida que passamos de uma vida sedentária a um nível de treino normal a alto, o nosso corpo passa de oxidar hidratos de carbono para oxidar mais gordura, pelo que no caso das mulheres que já têm anos treino, o seu metabolismo liptico (de gorduras) é uma maquina perfeita.

O que acontece com a proteína?

Como é fácil de perceber, os requisitos de proteína são diferentes entre homens e mulheres, pois para eles as necessidades são muito maiores, já que a síntese proteica é maior. Pelo contrário, a degradação proteica é menor no caso das mulheres, dado que a mulher usa mais gordura e menos hidratos durante o treino.

Nas mulheres desportistas (em comparação com os homens), observam-se as seguintes características:

  • Maior uso da gordura como fonte de energia, o que permite poupar em glicogénio;
  • Menor degradação proteica durante o treino, o que influencia na quantidade de proteína a ingerir;
  • Maior dificuldade em ganhar massa muscular, o influencia o tipo de treino;
  • Diferente ambiente hormonal, o que influencia a quantidade de gordura perdida.

Exemplo de dieta para a mulher desportista

Imagina o cenário de uma rapariga desportista de CrossFit que quer perder gordura sem perder rendimento e realiza 2 sessões de treino, uma de cardio suave em jejum e um treino em box à tarde/noite. Um bom exemplo de dieta para este caso seria a seguinte.

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Conclusão

A mulher desportista deve aproveitar a maior sensibilidade à insulina por parte das mulheres, para fazer pequenas cargas de hidratos de carbono durante alguns dias de treino, e desta forma, conseguir um excesso calórico sem que tenha um impacto negativo na sua gordura corporal, já que quando o músculo é sensível à insulina/glucose, os adipocitos apenas captarão a glucose.