Probióticos: O que são, Benefícios e Como tomar
Só de olhar para a nossa barriga não dá para desconfiar, mas moram ali, no mínimo, 10 triliões de micro-organismos. Uma população tremendamente numerosa – a título de comparação, em todo o planeta somos, atualmente, 7,3 biliões de habitantes. Então, em cada organismo humano vivem esses triliões de microrganismos, desde bactérias a vírus e a fungos. Mas não te assustes, pois estes organismos encontram-se numa relação harmoniosa com o corpo humano, considerada benéfica para ambos. Assim como acontece na nossa sociedade, estes bichinhos têm família, nome e sobrenome. E, o mais importante de tudo é que executam inúmeras funções dentro do nosso corpo.
O grupo de microrganismos que habita no aparelho digestivo é considerado o mais amplo e o mais estudado, formando um complexo ecossistema – denominado de microbiota intestinal.
O poder dos probióticos
Como dito antes, o ser humano possui uma combinação de bactérias, umas benéficas e outras prejudiciais. As bactérias prejudiciais podem causar infecções bem como sérias consequências para o nosso organismo, enquanto as bactérias benéficas promovem um ambiente intestinal diversificado, protegendo e equilibrando a nossa flora intestinal. A quebra de equilíbrio acontece quando os micróbios potencialmente nocivos, que também habitam o intestino, se multiplicam a ponto de se sobreporem no jogo de influências sobre os bichinhos benfeitores. Uma das formas de evitarmos que isso aconteça ou de se reverter a situação é investir em probióticos – bactérias reconhecidamente benéficas.
Os probióticos são definidos pela organização mundial de saúde (FAO/OMS 2001) microrganismos vivos, que quando administrados nas quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro, promovendo assim excelentes benefícios para a saúde. São aliados poderosos para qualquer pessoa que pretenda melhorar a sua saúde em geral e aumentar o seu bem-estar.
Os microrganismos probióticos representam diversos benefícios para a saúde, como no tratamento e prevenção de diarreias provocadas por vírus ou bactérias, problemas intestinais, melhoria da imunidade e da intolerância à lactose e, até mesmo, na colaboração da redução do colesterol e da pressão arterial alta. Doses adequadas destes seres microscópicos ajuda a repovoar a microbiota, mas desta vez com indivíduos de boa índole 🙂
Como agem os probióticos?
Como usar os probióticos?
Desequilíbrio da Flora Intestinal
Como agem os probióticos?
Os probióticos atuam para equilibrar e restaurar as bactérias presentes no intestino e que podem ser impactadas por diversos gatilhos diários.
Ajudam a recuperar e a manter o equilíbrio da nossa flora intestinal.
Como usar os probióticos?
Cada suplemento probiótico deve ser tomado de acordo com as suas indicações.
Lembramos que cada cepa e espécie terá uma indicação particular e específica.
Desequilíbrio da Flora Intestinal
Há grandes probabilidades de que todos possamos sofrer um desequilíbrio da flora intestinal em algum momento da nossa vida.
Gatilhos diários comuns afetam quer adultos quer crianças.
Desequilíbrio da flora intestinal: Sintomas
O nosso organismo envia diversos sinais para mostrar que a nossa flora intestinal está em desequilíbrio. Aprende abaixo a identificar os diferentes sintomas. Algum te parece suspeitosamente familiar?
Diarreia
Alteração no volume e consistência das fezes. Associada a um aumento do número de dejeções diárias.
Disbiose
Desequilíbrio na flora intestinal com alteração na quantidade e na diversidade de bactérias no intestino.
Virose
Infecção causada por vírus – desde quadros de autoresolução até quadros que podem mesmo ser fatais.
Efeitos dos antibióticos
Os antibióticos podem causar danos à flora intestinal, tornando-a mais vulnerável.
Disenteria
Diminuição da consistência das fezes e aumento das evacuações. Febre, cólicas, náuseas, muco e sangue nas fezes.
Desidratação
Se a quantidade de líquido perdida não é reposta de forma adequada, pode surgir um quadro de desidratação.
No Início Havia o Iogurte
O primeiro a observar os efeitos benéficos de algumas bactérias foi o cientista Elie Metchnikoff, reconhecido como o avô dos probióticos modernos. Em 1907, descobriu que, especialmente as bactérias ácido-lácticas, poderiam ter uma influência positiva na digestão e no sistema imunitário. Durante as suas viagens à região dos Balcãs, reparou que os povos rurais da Bulgária, apesar do clima severo e da pobreza extrema, viviam mais tempo do que os habitantes ricos das cidades europeias. Após pesquisar o seu estilo de vida, concluiu que um fator determinante seria a ingestão de bactérias fornecidas pelo consumo de leite azedo (também conhecido por iogurte) – elemento base das suas dietas.
Uma Nova Visão:
Os probióticos mais utilizados e estudados atualmente são os lactobacilos (Lactobacillus) e as bifidobactérias (Bifidobacterium). Sabe-se que interagem com o hospedeiro através de vários mecanismos, como a alteração da composição da microbiota intestinal, o fortalecimento da barreira epitelial intestinal, a produção de substâncias antimicrobianas e a manutenção do sistema imune.
A microbiota intestinal tornou-se uma fonte de estudo extremamente importante para o conhecimento de determinadas patologias e tem sido implicada em inúmeras condições, incluindo doença inflamatória, obesidade e doença cardiovascular. Assim, as possíveis aplicações dos probióticos no futuro podem ir além do equilíbrio da flora microbiana e do sistema imunitário.
As relações e os banquetes travados dentro das nossas barrigas e os seus reflexos no corpo têm vindo a ganhar cada vez mais destaque e importância. É imperativo conhecer e valorizar o trabalho destas bactérias, saber como elas repercutem na nossa imunidade, no coração e até mesmo na saúde mental.
Microbiota Intestinal
É no intestino que se encontra a maior população de microrganismos do corpo humano: a microbiota intestinal. Constituída por bactérias de inúmeras espécies, que colonizam o trato gastrointestinal, a microbiota intestinal influencia o sistema imunitário – que se encontra maioritariamente no nosso intestino (70%).
A manutenção de uma flora intestinal saudável permite que exista uma adequada função da barreira intestinal – considerada como uma importante linha de defesa do organismo contra agentes patogénicos. Atualmente, cremos que a transferência de bactérias da mãe para o bebé ocorra durante a gravidez através da placenta.
Porque é que a Microbiota Intestinal é tão importante?
Os microrganismos têm vindo a evoluir lado a lado com a evolução da espécie humana e desempenham várias funções vitais no nosso organismo. Estão implicados quer na saúde quer na doença e estudos recentes têm demonstrado existir uma relação direta entre estas populações de bactérias e as doenças abaixo discriminadas.
A obesidade é um problema de saúde pública e uma doença crónica. É definida como uma patologia em que o excesso de gordura corporal acumulada pode afetar a saúde.
Com origem em diversos fatores, a obesidade requer esforços continuados para ser controlada. Constitui uma ameaça grave para a saúde e um importante fator de risco para o desenvolvimento e agravamento de outras doenças.
Fonte: https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-cronicas/obesidade/
Desnutrição é uma condição em que ocorrem problemas de saúde como resultado de uma dieta com consumo insuficiente ou excessivo de nutrientes.
A Desnutrição é também uma das perturbações do comportamento alimentar. As perturbações do comportamento alimentar são doenças que provocam distúrbios graves na forma como os doentes avaliam o seu peso e imagem corporal, com marcado impacto desta avaliação no seu autoconceito.
A asma é uma doença crónica muito comum que se estima que atinja cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Aurora Carvalho, pneumologista do Hospital Lusíadas Porto, dá a conhecer a enfermidade que afeta o aparelho respiratório de 7% dos portugueses.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/sintomas-tratamentos/que-asma-como-tratar
Da diabetes tipo 1 à diabetes gestacional, existem vários tipos, cada qual com características próprias. Fique a saber o que é a diabetes e o que caracteriza cada um dos tipos da doença.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/doencas-cronicas/conheca-tipos-diabetes
A doença de pele que atinge 10% das crianças é cada vez mais comum em Portugal. Conheça as causas e descubra como minimizar os sintomas.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/sintomas-tratamentos/eczema-tudo-que-precisa-saber
A esclerose múltipla é uma doença crónica inflamatória do sistema nervoso central que tem por base uma perturbação do sistema imunológico. Na prática, o sistema de defesa do organismo ataca o sistema nervoso central e vai gerando um “contínuo renovar de lesões” no cérebro e na medula espinal. O resultado é uma incapacidade cujos contornos específicos são muito variáveis e que afeta, estima-se, 5 a 6 mil pessoas em Portugal.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/doencas-cronicas/esclerose-multipla-que-deve-saber
O autismo é uma perturbação do desenvolvimento do cérebro em que as pessoas têm dificuldade de comunicação e nas interações sociais, podendo apresentar ainda padrões de comportamento, interesses e atividade fora do habitual, segundo a definição da Harvard Medical School.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/criancas/idade-escolar/que-autismo
Doença inflamatória crónica do intestino grosso (cólon) de causa desconhecida e ainda sem cura, na colite ulcerosa “o processo inflamatório atinge a camada mucosa do reto, podendo estender-se aos restantes segmentos cólicos. Se a inflamação se limita ao reto, designa-se de proctite ulcerosa, quando envolve os segmentos distais do cólon e o reto, dá-se o nome de colite ulcerosa distal e, caso se estenda ao cólon transverso e/ou cólon direito, trata-se de pancolite ulcerosa”. Os sintomas dependem, explica Paula Lago, “da extensão da inflamação no cólon. A hemorragia digestiva baixa sobre a forma de retorragia ou emissão de sangue vermelho através do ânus, o mais frequente. A diarreia com muco e sangue e a dor abdominal são mais frequentes nas formas mais extensas”.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/sintomas-tratamentos/doencas-intestino-conheca-melhor
São alguns os fatores que contribuem para que os cancros do pulmão, mama e colorretal sejam as patologias oncológicas mais prevalecentes.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/sintomas-tratamentos/ha-tres-tipos-cancro-mais-comuns-porque
A doença celíaca (DC) é uma doença crónica, autoimune, que surge na sequência da ingestão de glúten em indivíduos geneticamente suscetíveis e que se caracteriza por atrofia das vilosidades do intestino delgado, ou seja, uma lesão a nível intestinal, com consequente má absorção dos nutrientes e aparecimento de sintomas gastrointestinais e extraintestinais.
Fonte: https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/nutricao-dieta/doenca-celiaca-que-qual-tratamento
Há várias doenças que debilitam o tecido cardíaco pondo em causa o seu funcionamento. A falta de ar, a fadiga e membros inferiores inchados são sinais desta doença que costuma afetar as pessoas mais idosas.
A microbiota intestinal tem inúmeras funções benéficas no nosso organismo, nomeadamente:
- Defender-nos de microrganismos prejudiciais.
- “Ensinar” o sistema imunitário a distinguir entre substâncias boas e substâncias nocivas e a destruir os compostos tóxicos.
- Digerir melhor alguns tipos de alimentos, como os que têm um elevado teor de fibra. Quando a nossa microbiota digere a fibra, produz moléculas importantes, como os ácidos gordos de cadeia curta, com benefícios para a saúde dum modo global.
- Retirar energia dos alimentos.
- Favorecer a absorção de minerais, como o magnésio, o cálcio e o ferro.
- Sintetizar vitaminas essenciais – como vitamina K, folato (B9) e os aminoácidos.
- Ajudar a regular o apetite e a sensação de saciedade.
- Influenciar o nosso comportamento e o nosso humor.
Uso diário de probióticos
É permitido usar probióticos diariamente?
A resposta é Sim!
Os probióticos não são úteis apenas pontualmente, como no caso de uma diarreia. O uso diário pode ser indicado, já que a administração contínua também pode proporcionar a manutenção dos seus benefícios.