Formas de Prevenir o Alzheimer
Há várias formas conhecidas que ajudam a reduzir o risco de desenvolver Alzheimer, apoiadas por fortes evidências científicas. A doença, incurável, é também a forma mais comum de demência (um termo geral para a perda de memória e das habilidades intelectuais). Tem uma evolução lenta, começa com perda de memória e termina com danos cerebrais graves.
De salientar que, até hoje, a medicina ainda não descobriu o que realmente causa a doença de Alzheimer e, portanto, as medidas consideradas preventivas tendem a retardar a doença mas, infelizmente, ainda não a evitam.
Um estudo de 2023 publicado na “The Lancet” é “hora de nos prepararmos para o tratamento da doença de Alzheimer, mas também é hora de nos prepararmos para a prevenção”. O mundo enfrenta uma crise crescente à medida que o envelhecimento da população tende a aumentar, carregando o fardo da demência, enquanto a taxa de natalidade tende a diminuir, resultando em menos pessoas em idade activa. O Japão oferece o exemplo mais extremo destas tendências: a esperança de vida é agora de 85 anos e a taxa de natalidade diminuiu para 1,3 nascimentos por mulher.
O mesmo estudo indica ainda que “devem ser tomadas medidas imediatas para abrandar as ondas crescentes de demência provocadas pela idade”. O fator de risco mais prevalente, tratável e evitável para a demência é a hipertensão, com um risco ao longo da vida de 80%. Apenas metade das pessoas que têm hipertensão sabem que a têm, o que oferece uma grande oportunidade para retardar, mitigar e prevenir a demência, juntamente com o acidente vascular cerebral e a doença cardíaca isquémica. Existem medicamentos eficazes, amplamente disponíveis e acessíveis para tratar a hipertensão. Para evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde no futuro, a hipertensão deve ser tratada de forma global e sistemática.
Outro passo necessário é promover a saúde cerebral integral ao longo da vida. Precisamos de tratamentos para hoje, mas de estratégias para a prevenção da demência e promoção da saúde cerebral holística para amanhã.
Manter o nível adequado de açúcar no sangue e o peso sob controle para evitar diabetes
Manter o peso em um nível saudável, normalmente abaixo de um IMC de 25
IMC= Índice de Massa Corporal
Manter-se cognitivamente ativo com leituras e aprender coisas novas
Evitar ou controlar a depressão
Tratar a hipotensão ortostática
Sensação recorrente de tontura ao se levantar
Praticar exercícios físicos e Evitar traumatismos cranianos
Comer alimentos com vitamina C ou tomar suplementos
Frutas cítricas, como laranja, tangerina e acerola, legumes, como cenoura, pimento amarelo ou vermelho, e verduras como couves e brócolos.
Reduzir a exposição à poluição do ar e ao fumo passivo do tabaco
Evitar também o hábito de fumar
Evitar abuso de álcool
Ter sono de boa qualidade
Fatores de risco para o Alzheimer
A doença foi batizada em homenagem ao médico Alois Alzheimer. Em 1906, este neuropatologista fez uma autópsia no cérebro de uma mulher que morreu após apresentar problemas de linguagem, comportamento imprevisível e perda de memória. O Dr. Alzheimer descobriu as placas amiloides e os emaranhados neurofibrilares, considerados as marcas da doença.
Alguns fatores que podem contribuir para seu desenvolvimento, são:
Idade: a probabilidade de desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos após os 65 anos. Para a maioria das pessoas, os sintomas aparecem pela primeira vez após os 60 anos. O Alzheimer, de início precoce, é uma forma incomum de demência que atinge pessoas com menos de 65 anos e geralmente tem um fator hereditário.
História familiar: a genética desempenha um papel importante no risco de um indivíduo desenvolver esta doença.
Traumatismo craniano: existe uma possível ligação entre a doença e traumas repetidos ou perda de consciência.
Saúde do coração: o risco de demência vascular aumenta com problemas cardíacos, como hipertensão, colesterol alto e diabetes.
Sintomas relacionados ao Alzheimer
O diagnóstico de Alzheimer é feito com base em sintomas como dificuldade cognitiva. Há testes que podem ser realizados para detetar a doença, mas geralmente não são solicitados porque o diagnóstico clinico, na maioria das vezes, é suficiente.
Entre os sintomas de Alzheimer estão:
- Perda de memória
- Repetir perguntas e declarações
- Dificuldade de discernimento
- Posicionamento incorreto de objetos
- Mudanças de humor e de personalidade
- Confusão mental
- Delírios e paranoia
- Impulsividade
- Convulsões
- Dificuldade na deglutição (disfagia)